Saúde Mental: Quando e onde procurar ajuda?

Saúde Mental: Quando e onde procurar ajuda?

Por que responder a esta pergunta? Qual é a sua importância? Nos dias de hoje, ouvimos cada vez mais falar da relevância de cuidar da saúde mental, mas afinal, o que é saúde mental?

O Dia Mundial da Saúde Mental celebra-se a 10 de outubro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade”. Não há saúde sem saúde mental, já que a saúde física e mental estão interligadas. Esta última depende dos gostos, características e experiências de cada pessoa, sendo que todos somos diferentes.

Cada um de nós tem aspetos mais saudáveis e outros menos saudáveis, e a saúde mental varia ao longo da vida. É fundamental ter em conta alguns fatores essenciais para o seu equilíbrio, como o exercício físico, uma alimentação adequada, um bom sono, a capacidade de adaptação e os relacionamentos interpessoais.

O desafio reside em encontrar o equilíbrio e estarmos atentos aos sinais de alarme.

Embora o conhecimento sobre os problemas psicológicos tenha vindo a aumentar, o mesmo não se verifica no que toca à resposta e aos tratamentos existentes. Qualquer pessoa, em qualquer fase da vida, pode vir a ter um problema de saúde mental. As estatísticas revelam que entre 24% e 25% da população irá, em algum momento, sofrer de uma perturbação mental. Uma em cada quatro pessoas poderá sofrer de ansiedade, e uma em cada cinco de depressão. É importante destacar que o surgimento de sinais de alarme não implica necessariamente a presença de uma doença mental, mas sim a necessidade de ser avaliado por um profissional com competências na área da saúde mental.

O fundamental é valorizar esses sinais e não esperar que desapareçam por si, ou sentir vergonha de pedir apoio psicológico, sendo este um dos maiores obstáculos a uma boa saúde mental.

Devemos encarar os problemas de saúde mental da mesma forma que as doenças físicas. Ambas têm causas concretas e requerem cuidados e tratamentos que permitam a recuperação e o regresso a uma vida normal. Ao longo da vida, todos passamos por situações emocionais relevantes, e muitas vezes é o corpo que nos dá o primeiro sinal. Nem sempre é fácil interpretar esses sinais. Alterações emocionais podem manifestar-se através de sintomas físicos, como diarreia, suor excessivo, cansaço ou problemas de pele.

Além disso, alguns comportamentos e sintomas que interferem no quotidiano podem indicar perturbações mentais, como a sensação de não pertencer a lugar algum, desinteresse por atividades anteriormente prazerosas, dificuldades de relacionamento, traumas, tristeza, angústia, medo ou dúvida. Na maioria das vezes, os problemas psicológicos surgem de forma gradual e silenciosa, o que pode levar a pessoa a não reconhecer que precisa de ajuda, sendo muitas vezes os outros a notar esses sinais.

Mas então, o que fazer? Onde procurar ajuda?

Quando os sinais de alarme persistem e não conseguimos reduzir o seu impacto, porque não procurar ajuda de um profissional?

É essencial refletir sobre isto para estarmos informados sobre os serviços disponíveis e como usufruir deles da melhor forma. Por vezes, sentimos a necessidade de falar com alguém, mas não sabemos por onde começar ou onde nos dirigir.

O Sistema Nacional de Saúde (SNS) oferece apoio nos Centros de Saúde, através de consultas com o médico de família, que pode avaliar a situação e encaminhar para consultas de Psicologia ou Psiquiatria, consoante a necessidade.

O Serviço de Aconselhamento Psicológico também está disponível através da linha telefónica do SNS 24, ligando para o 808 24 24 24. Existem ainda outras linhas de apoio que podemos utilizar para nos sentirmos acompanhados e compreendidos. Outra opção é consultar diretamente um psicólogo ou psiquiatra a nível particular, sendo que alguns seguros de saúde oferecem esta cobertura. 

A organização ManifestaMente, por exemplo, oferece um curso online chamado Kit Básico de Saúde Mental, com várias informações essenciais apresentadas de forma clara e acessível.

Cada vez mais pessoas procuram apoio psicológico, mesmo sem uma patologia associada, para se sentirem bem consigo mesmas, lidarem com o stress diário ou ultrapassarem de forma mais eficaz mudanças significativas nas suas vidas.

Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, mas sim de maturidade e responsabilidade.

Vamos cuidar da nossa saúde, tanto física como emocional.

 

Linhas de Apoio:

Centro SOS Voz Amiga

16h às 24h – 213 544 545 / 912 802 669 / 963 524 660

 

Linha SOS Palavra Amiga

21h às 01h – 231 424 282

 

Conversa Amiga

15h às 22h – 808 237 327 / 210 027 159

 

Linha de Apoio Psicológico para a Universidade de Lisboa

Segunda a Sábado, das 10h às 18h – 210 443 599

 

Vozes Amigas de Esperança de Portugal

16:00h – 22:00h – 222 030 707

 

Telefone da Amizade

16:00h – 23:00h – 222 080 707

 

Voz de Apoio

21:00h – 24:00h – 225 506 070;

Email: [email protected]

 

Linha “Liga-te”

Serviço de apoio psicológico da Câmara Municipal de Lisboa

24 horas por dia, sete dias por semana – 800 916 800

 

Vira(l) Solidariedade

Rede de apoio psicológico da Sociedade Portuguesa de Psicanálise para a população em geral.

Serviço de chamadas gratuitas com atendimento diário (incluindo sábado e domingo) – 300 051 920

 

Fundação São João de Deus

Linha de apoio psicológico gratuito de âmbito nacional – (+351) 924 101 462 / 961 962 828 / 967 072 421

 


Referências:

  1. Organização Mundial da Saúde (OMS). "Mental Health: Strengthening Our Response." Acesso em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-strengthening-our-response.
  2. ManifestaMente – Movimento pela Saúde Mental em Portugal. "Kit Básico de Saúde Mental." Disponível em: https://manifestamente.org/kit-basico.
  3. Serviço Nacional de Saúde (SNS). "Linha SNS 24." Acesso em: https://www.sns24.gov.pt.
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